segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Transgênicos do futuro serão mais nutritivos

As plantas modificadas possuem como finalidade a busca de um melhoramento genético para deixá-las mais resistentes a fatores externos e enriquecer a dieta de populações que necessitam de reforços alimentares, sendo assim, o objetivo dessas novas gerações de plantas é melhorar as condições de saúde de populações e a redução de risco de doenças através do valor nutritivo dos alimentos modificados.


O incentivo ao desenvolvimento desses alimentos poderá fazer com que eles cheguem à população com maior facilidade e se esse for desenvolvido com o real propósito de ter maior valor nutritivo que normal, eles certamente promoveram muitos benefícios quando ingeridos como parte de uma dieta.


Alguns alimentos transgênicos são desenvolvidos para aumentar a sua resistência a algumas pragas ou a sua produtividade, contudo, os pesquisadores estão visando o aumento do valor nutricional e funcional. Um exemplo dessa nova geração é o arroz dourado ou “golden rice” que contém maior conteúdo de beta caroteno.

Arroz Dourado

O “Arroz dourado” é um arroz geneticamente modificado que possui uma grande quantidade de vitamina A, esse arroz contém beta-caroteno, que é convertido no organismo quando ingerido em Vitamina A. Assim sendo, quando comemos o Arroz dourado obtemos mais vitamina A.


A vitamina A (Caroteno ou Retinol) desempenha um importante papel na nutrição do globo ocular e também na manutenção do equilíbrio da pele e mucosas, atuando também na proteção contra doenças infecciosas.


Esse Arroz possui a coloração dourada porque apresenta o beta-caroteno que também dá cor laranja á cenoura. Para que esse arroz apresente o beta-caroteno em sua composição são implantados três novos genes na composição genética do arroz, dois de narcisos e o outro de uma bactéria.

Vantagens

O arroz pode ser considerado como um aliado no combate a deficiência da vitamina A e propicia uma vantagem específica de paises subdesenvolvidos tendo ênfase nas populações carentes, que possuem uma dieta extremamente limitada na qual pode faltar vitaminas essenciais ao organismo das mesmas. Em consequência dessa dieta restrita, muitas pessoas acabam por morrer cegas, é o que se pode observar muitas vezes nas regiões da Ásia, onde as pessoas possuem hábitos alimentares onde se come arroz de manhã a noite, e também na África e na América Latina, onde o consumo também é considerado alto, assim como a carência dessa vitamina.

Desvantagens

-Os críticos receiam que as pessoas pobres dos países subdesenvolvidos venham a se tornar muito dependentes dos países ricos do mundo ocidental. Ocasionalmente, são as grandes empresas privadas do ocidente que possuem capital e tecnologia para desenvolver plantas geneticamente modificadas, assim sendo, eles tornam as plantas estéreis impedindo que os agricultores criem sementes para o ano seguinte, forçando-os a comprar-lhes novo arroz.


-Alguns opositores à transgenia consideram o arroz dourado como um meio de conseguir uma maior aceitação da engenharia genética, devido aos seus benefícios. Esses receiam que, se isto acontecer, as empresas continuem a desenvolver outras plantas geneticamente modificadas para obtenção de lucros. Desse modo, poderá criar-se uma situação em que as grandes empresas detenham os direitos sobre todas as boas colheitas.


Os alimentos transgênicos (como o arroz), poderão através desses estudos serem chamados de alimentos funcionais que tra


zem benefícios a saúde do individuo. Esses alimentos podem ou não ser nutrientes, como no nosso exemplo, o beta caroteno que é uma pró-vitamina A, portanto um nutriente, com propriedade antioxidante, que ajuda a reduzir o risco de doenças degenerativas, como as cardiovasculares e o câncer. Outras substâncias, como o licopeno, o pigmento vermelho do tomate, não é um nutriente, mas, assim como o beta caroteno, é também um antioxidante.


Os alimentos funcionais não têm a papel de prevenir ou tratar doenças, mas de reduzir o risco de desenvolver uma determinada doença.


A nova geração de transgênicos não está em fase de produção e comercialização. O incentivo à pesquisa nessa área, aliada as políticas de desenvolvimento e sustentabilidade voltadas à melhoria das condições nutricionais e de saúde da população o é muito importante.


Estudos científicos já realizados em laboratório propiciam uma grande perspectiva de que os alimenatos trangênicos possam ter seu valor nutricional melhorado. Também está sendo investigado o aumento do teor de minerais, como ferro e zinco e de sua biodisponibilidade em alimentos que são básicos na alimentação de populações menos desenvolvidas, como é o caso do feijão, arroz e milho. Por outro lado, a alteração no perfil de ácidos graxos de óleos vegetais pode ajudar a reduzir o risco de doenças cardiovasculares, que são, assim como as carências nutricionais, um problema de saúde pública no Brasil e em vários outros países do mundo.


A alteração no perfil de ácidos graxos de óleos vegetais pode contribuir para a redução da deposição de gordura no tecido adiposo. O aumento do teor de proteínas e de outros componentes que elevam a "termogênese induzida pela dieta", ou seja, a energia que é despendida para metabolizar a dieta, também contribuem para reduzir a energia que será armazenada no tecido adiposo. Com isso, pode-se reduzir a chance de ganho de peso e obesidade, contudo a obesidade depende de vários fatores, como genéticos, de hábitos de vida (alimentação e atividade física), portanto não há um alimento que por si só irá combater a obsesidade.


As pesquisas estão mais voltadas para o combate às carências do que para os excessos alimentares, mas, como a obesidade é crescente no mundo inteiro, certamente, ganhará destaque nas pesquisas em breve.


Os alimentos modificados chegaram aos paises menos desenvolvidos com o preço final não proibitivo, pois o propósito desses alimentos é exatamente reduzir as carências nutricionais de populações de países menos desenvolvidos. A biofortificação (alimentos produzidos com maior valor nutricional pela via do melhoramento genético) está voltada para as grandes carências nutricionais dos países menos desenvolvidos, quais sejam, a deficiência de ferro, zinco e de vitamina A, mas a questão de alimentos com alterações nos ácidos graxo e óleos vegetais podem ganhar prestígios.


É provável que nos próximos anos produtos dessa natureza já estejam disponíveis no mercado.


Amanda Maria Novaes de Oliveira


Fontes:


http://www.todabiologia.com/saude/vitamina_a.htm, Acessado em: 28/08/2010.


http://www.bionetonline.org/portugues/content/ff_cont3.htm, Acessado em: 28/08/2010.

http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI233514-EI2437,00-Transgenicos+do+futuro+serao+mais+nutritivos.html, Acessado em: 28/08/2010.

Nenhum comentário:

Postar um comentário